O futuro da BBC condicionado pelo escrutínio político

Embora a BBC seja considerada, ligeiramente, menos confiável pelas pessoas que se identificam com a direita política,é considerada tão fidedigna como os principais jornais conservadores.
A combinação do amplo alcance e audiência politicamente diversificada sugere que o serviço da BBC contribui para a informação transversal da população britânica.
Quando inquiridos sobre a prestação da emissora em 2019, 43% dos entrevistados da pesquisa afirmaram que a emissora tinha feito um bom trabalho.
A sua popularidade, faz da BBC o único serviço de notícias “online”, no Reino Unido, mais utilizado do que os “browsers” ou as redes sociais, que estão a ganhar importância e popularidade no sector dos “media”.
A BBC News representa apenas cerca de 0,6% do tempo que os ingleses passam “online” que, ainda assim, constitui uma fatia relevante do tempo total gasto a consumir notícias. Durante as eleições de 2019, o “site” da BBC foi responsável por 28% do tempo que os britânicos passaram “online”.
Globalmente, a investigação do Reuters Institute sugere que a BBC ainda representa 63% de toda a audiência de rádio no Reino Unido, bem como 31% de toda a audiência de televisão, mas apenas 1,5% de todo o tempo passado com os meios digitais. Em comparação, os vários produtos e serviços do Google representaram 22% de todo o tempo passado “online”.
Apesar da sua boa reputação, a influência da BBC é menor entre os mais jovens e entre os que têm uma educação formal mais limitada, o que significa que a emissora enfrentará, em breve, desafios estratégicos muito significativos.
O futuro director-geral terá portanto, muito a fazer, lidando não só com o escrutínio político, mas, igualmente, com o desenvolvimento de conteúdos de alta qualidade para plataformas digitais, que são agora uma importante parte da vida de todos.