Segundo Le Monde, que aqui citamos, o director do NYT, Arthur Sulzberger, ordenou na altura um processo disciplinar ao editor responsável pela escolha do desenho de António, bem como o fim da utilização do material proposto pela agência externa que o tinha veiculado para o jornal. 

Por seu lado, o caricaturista Patrick Chappatte, que trabalha há mais de vinte anos para The New York Times, lamenta este desfecho “causado por um único desenho  - que não era meu -  e que nunca devia ter sido publicado no melhor jornal do mundo”. 

Afirma ainda que, “nestes últimos anos, centenas dos melhores caricaturistas da Imprensa nos Estados Unidos perderam o seu emprego porque os editores os achavam demasiado críticos de Donald Trump”. 

“Devemos talvez começar a inquietar-nos?”  -  pergunta. “E rebelarmo-nos. Os desenhadores de Imprensa nasceram com a democracia e, quando as liberdades são ameaçadas, são eles também.” (...) 

James Bennet, responsável editorial do NYT, declarou, via Twitter, que o jornal deseja manter o trabalho de Patrick Chappatte e de Heng Kim Song, o outro caricaturista mais conhecido do jornal, embora de outras formas.

 

Mais informação em Le Monde,   em The New York Times  e no  site do CPI, na altura da polémica.