Este tem sido um ano difícil para a reputação do Facebook. Depois de ter sido alvo de críticas por parte do governo australiano, que denunciou a empresa por não pagar pelos conteúdos jornalísticos que agregava na sua plataforma, a rede social de Mark Zuckerberg foi acusada de ignorar a suas próprias normas éticas.
A primeira profissional a tomar iniciativa foi Sophie Zhang, uma especialista em processamento de dados e ex-colaboradora do Facebook, que, em Abril, denunciou ao “The Guardian” que a rede social era cúmplice das violações dos direitos humanos cometidas pelos governos de oito países.
No início de Outubro, foi a vez de Frances Haugen, uma ex-colaboradora da Equipa de Integração Cívica do Facebook, que acusou aquela plataforma de partilhar conteúdo prejudicial para o bem-estar das crianças e dos adolescentes.
Agora, um outro profissional, que já trabalhou para a empresa tecnológica, veio corroborar as acusações já divulgadas.
Em entrevista para o “Washington Post”, aquele ex-colaborador, cuja identidade não foi revelada, afirmou que o Facebook dava prioridade aos lucros, em detrimento da moderação de conteúdos nefastos.
De acordo com aquele jornal norte-americano, este denunciante é um antigo membro da equipa do Facebook responsável pela integridade cívica da plataforma, e já prestou declarações à SEC (Securities and Exchange Commission), a agência federal que regula e controla os mercados financeiros.
Outubro 21
Durante este processo, o antigo colaborador do Grupo afirmou, por exemplo, que, em 2017, o Facebook estava à procura da melhor forma de lidar com a controvérsia relacionada com a interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016 nos EUA, através da sua plataforma.
Este outro denunciante veio, assim, reforçar as informações expostas por Sophie Zhang e Frances Haugen, que acusaram a empresa de ignorar a segurança e bem-estar dos seus utilizadores, de forma a obter maiores lucros.
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