Este último ponto é tão importante que o fecho de edição foi marcado para a sexta-feira  - numa revista que sai na quarta da semana seguinte. Como é dito em Le Monde  - citando a Agência France-Presse -  a Vraiment pretende distanciar-se da “corrida à informação que satura o espaço mediático”. Os temas serão tratados em “formato longo”, que permite maior aprofundamento. 

Algumas semanas antes do lançamento foi produzido um “número zero”, enviado aos assinantes fundadores e a umas duas dezenas de postos de venda de Imprensa. As reacções recebidas deste “pré-lançamento” permitiram à redacção fazer uma série de alterações, “escolhendo, por exemplo, um papel de melhor qualidade” e revendo a composição da capa. Também as páginas de “cultura e bem-estar” foram remodeladas. 

O primeiro número saíu agora, com uma tiragem de 150 mil exemplares destinados à França e aos países francófonos vizinhos (Suíça, Bélgica e Luxemburgo). O preço é de 4,5 euros. 

A redacção tem, à partida, uma quinzena de jornalistas, vindos sobretudo da Imprensa escrita (Le Parisien, L’Express), alguns da delegação parisiente de The New York Times. Os modelos que influenciam os fundadores são, entre outros, Herald Tribune, The New Yorker e The Economist

A presença, neste grupo, de dois ex-assesores ministeriais de Emmanuel Macron, levanta perguntas sobre a orientação política do novo semanário. A Vraiment contesta que seja “o órgão oficial dos marcheurs” [referência ao movimento En Marche!] e garante que será “politicamente independente, conforma a promessa de colocar sempre os factos acima da opinião”. Como afirma o chefe de redacção, Jules Lavie, “não vamos dizer aos leitores em quem votar, nem sequer se devem votar”.

 

Mais informação em Le Monde  e La Croix