Nova estrutura sindical nos EUA quer proteger interesses dos jornalistas
Os colaboradores da revista norte-americana “The Atlantic” estão a planear criar um sindicato de jornalistas.
De acordo com a CNN, esta intenção foi bem recebida pela administração do título, que disse estar disposta a colaborar com os representantes da iniciativa.
“Tivemos um dos melhores anos da história da nossa revista”, afirmou o editor-executivo, Jeffrey Goldberg, numa nota enviada à redacção, citada pela CNN. “Esperamos alcançar novas conquistas jornalísticas, e acreditamos que a criação de um sindicato pode ajudar-nos a reflectir a nossa missão a nível cultural e editorial”.
O projecto de sindicato será integrado por 85 colaboradores editoriais, incluindo redactores e as equipas de “design”, “copy desk” , “fact-checking” e conteúdos multiplataforma.
Apesar de a criação de sindicatos nas redacções ser considerada uma norma nos “media” norte-americanos, na “Atlantic” a medida foi impulsionada pela dispensa de 17% do número total de colaboradores, nos primeiros meses de pandemia. Esta decisão foi justificada, à época, com a quebra das receitas.
Estas rescisões e a alegada quebra de sustentabilidade financeira levantaram, contudo, algumas questões por parte dos especialistas em imprensa, já que a principal accionista da “Atlantic”, Laurene Powell Jobs, tem uma fortuna avaliada em 19 mil milhões de dólares.
Junho 21
Os promotores do sindicato da “Atlantic” querem, agora, lutar pelo fim da instabilidade no sector.
“Temos fé na nossa liderança -- observam -- mas numa altura de instabilidade na nossa indústria e nação, também queremos assegurar que todos os jornalistas sejam recompensados pelo seu trabalho e livres de dizer o que pensam sobre assuntos preocupantes".
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