Noiva do jornalista Khashoggi pede justiça à ONU
“Numa mesa redonda promovida pela organização não-governamental "Não há paz sem justiça", com o apoio do Governo do Canadá, Cengiz referiu-se ao relatório sobre o homicídio de Khashoggi publicado na semana passada pela relatora da ONU sobre assassínios seletivos e execuções arbitrárias, Agnès Callamard.”
Segundo notícia da Lusa, que aqui citamos do Jornal de Notícias, o texto, de 101 páginas, refere a existência de “provas credíveis” do envolvimento do príncipe saudita Mohamed bin Salman na morte do jornalista e pede a aplicação de sanções contra o herdeiro do trono da Arábia Saudita.
Neste relatório, que será apresentado oficialmente ao Conselho de Direitos Humanos, Callamard pede ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para “exigir” avanços na investigação criminal do caso. (...)
No mesmo evento, “Agnès Callamard disse ter decidido investigar o caso quatro meses depois da morte de Khashoggi porque tentou sem êxito convencer outros órgãos da ONU a assumir a tarefa”.
“Como isso não aconteceu, decidi fazê-lo eu, porque entrava no mandato que me deu o Conselho de Direitos Humanos” - explicou a relatora.
A especialista disse ainda que o que aconteceu a Khashoggi se insere numa tendência para o aumento do número de assassínios selectivos de jornalistas e activistas políticos, incluindo os que estão no exílio.
Após negar a morte numa primeira fase, Riade avançou com várias versões contraditórias e defende agora que o jornalista foi morto numa operação realizada por agentes e não autorizada pelo poder.
A justiça saudita inocentou o príncipe herdeiro e acusou 11 suspeitos pelo assassínio, num julgamento que começou no início de Janeiro e em que o Procurador Geral solicitou a pena de morte para cinco deles.
Mais informação no JN e neste vídeo divulgado por The Washington Post