“Newsletters” personalizadas para conquistar assinantes
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Um dos problemas, nestas coisas, é que o abuso da facilidade desemboca numa inundação. Segundo o texto que citamos, de Media-tics, naquela centena bem medida de boletins do jornal havia uns bons e outros nem por isso, alguns bem sucedidos e outros um desastre.
No princípio do ano contraram dois novos profissionais para a equipa responsável, Cory Schouten, da Columbia Journalism Review, e Annemarie Dooling, da Vox Media. A sua primeira medida foi reduzir o número de newsletters. Havia boletins automatizados, assentes apenas numa lista de links. Alguns nem sequer levavam impresso o logotipo do jornal.
Muitas vezes, as newsletters são concebidas do ponto de vista da estratégia editorial do meio emissor, mais do que dos desejos e necessidades do leitor. Passou a ser o contrário, e tendo em conta que a simples consulta dos dados permite saber muito sobre o seu perfil: quem faz click em que links, quando abrem e quantas vezes o seu correio, que navegador utilizam, etc. Meios bastantes para afinar a natureza mais pessoal do que lhe vai ser enviado.
Foi acrescentada a possibilidade de resposta a perguntas concretas, feitas pelo próprio jornal, o que permite conhecer os utentes com maior probabilidade de se tornarem participantes activos. “Cada utente acaba por ter uma pontuação interna, que a empresa utiliza para adaptar a ele toda a estratégia do meio, graças à aprendizagem automática. Permite, entre outras coisas, captar novos assinantes.”
Com a informação em tempo real, actualizada ao momento em que é aberta, a newsletter do Wall Street Journal deixou de ser estática. Tornou-se uma espécie de “híbrido entre a newsletter e o sistema de alertas”, o que também abriu caminho à adesão de novos assinantes.
Um artigo sobre uma determinada questão concreta (por exemplo, pensões de reforma) traz uma pequena frase que propõe ao leitor ser o primeiro a saber sobre a evolução desse tema. Os utentes que aderem a isso estão a subscrever um produto efémero, mas ao mesmo tempo revelam o seu interesse.
“Esta técnica permitiu mais de um milhar de registos, com taxas de abertura superiores a 50%, apesar de se tratar de um boletim para uma audiência minoritária e sobre um tema muito concreto.” (...)
Mais informação em Media-tics e no site do CPI