Na Tunísia os “media” continuam sob suspeita após a Revolução
Na Tunísia, a liberdade de imprensa e de informação é considerada uma das maiores conquistas da revolução do Jasmim.
Contudo, dez anos após a queda do governo de Zine el-Abidine Ben Ali, os “media” continuam a lutar pela sua própria revolução, notou Mohamed Haddad num artigo publicado no “Le Monde”.
Segundo noticiou Haddad, neste momento, a Tunísia tem três vezes mais canais de televisão e rádio, mas cinco vezes menos jornais impressos.
E, embora milhões de tunisianos assistam, diariamente, aos canais do país, dois terços (66%) dizem ter pouca ou nenhuma confiança nos "media", de acordo com um inquérito realizado pela Barr Al Aman Research Media.
Segundo clarificou o sociólogo Enrique Klaus, esta desconfiança pode ser explicada por “várias décadas de informação enganosa”.
Além disso, continua a haver proximidade entre os “media” e os actores políticos, o que enfraquece as audiências.
A autoridade reguladora tem-se mostrado relutante em proibir determinadas práticas, e os canais televisivos ainda são utilizados para difundir propaganda política.
Dezembro 20
Ademais, os “media” tunisianos não estão a acompanhar o processo de digitalização mundial. A imprensa fica, assim, aquém das expectativas do público, que anseia por novos formatos.
Desta forma, alguns canais do YouTube estão a receber mais atenção do que os próprios jornais.
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