Quer se trate de livros ou de jornais em formato digital, a leitura em suportes electrónicos continua a ser uma prática individualizada, tal como acontece com a leitura em papel. Esta é uma das conclusões de um inquérito feito em 16 países, para um estudo sobre os livros e a leitura encomendado pela Fundação Calouste Gulbenkian.

Mesmo numa altura em que o Facebook e demais redes sociais fazem parte do quotidiano de milhões de utilizadores da Internet, incluindo em Portugal, os aspectos mais valorizados pelos leitores de produtos digitais estão relacionados com a possibilidade de obter informação adicional e não de comentar ou partilhar informação.

A característica mais destacada na leitura digital, referida por 48% dos inquiridos, foi a possibilidade de, através de um motor de busca, saber de imediato mais sobre o autor ou o tema do texto. Seguem-se 44% de inquiridos que referiram como positivo o acesso a outros textos e os links associados.

O inquérito, coordenado pelo investigador do ISCTE Gustavo Cardoso, foi feito online, no primeiro semestre deste ano, a utilizadores de Internet de países de todos os continentes: Inglaterra, Brasil, Espanha, Alemanha, França, Índia, Canadá, China, África do Sul, Rússia, EUA, Itália, Turquia, México, Austrália e Portugal.