Em “Venham mais 20”, Carla Borges Ferreira recorda o seu próprio princípio de carreira, nessa altura na TSF, e tudo o que de bom, ou menos bom, ou já preocupante se anunciava: 

“Porque todos os dias falamos da crise, mas agora, ao tentar recuar duas décadas, os tempos já não eram fáceis. A rádio mais influente do país dava prejuízo, a XFM, a rádio da Imensa Minoria, acabou e a Grande Reportagem foi transformada em suplemento uns anos mais tarde e já não existe, e O Independente não resistiu. O Público, o jornal referência, já era deficitário. As televisões privadas davam os primeiros passos. A SIC era um caso de sucesso, a TVI parecia condenada a ser o Canal 4. E terá sido neste contexto que o Pedro Corrêa Mendes, apoiado pelos irmãos Francisco e Pedro Fino, lançou o Meios&Publicidade. Um ‘jornal independente para profissionais da comunicação’? Não sei se lhes chamaram loucos…” (...) 

De modo semelhante, também Henrique Chaves Fino faz um balanço das muitas mudanças trazidas pela revolução digital, para afirmar: 

“Se é verdade que as transformações na forma foram muitas, e em alguns casos radicais, também é um facto que o conteúdo continua a ser o factor diferenciador que arrasta atrás de si todo o sector. Sejam artigos de opinião ou reportagens em publicações escritas ou digitais, resultados num motor de busca, partilhas de fotografias ou vídeos em redes sociais, séries ou filmes em plataformas de streaming, posts sobre determinado destino ou produto no blogue de um influencer, estes conteúdos são e continuarão a ser a pedra basilar do nosso sector.” (...)

 

Mais informação na Meios & Publicidade