É a primeira vez que um grande jornal norte-americano passa a ser não lucrativo numa experiência inédita na imprensa do país, e num quadro em que a maioria das publicações passam por grandes dificuldades financeiras, com origem na transição para um modelo digital.

Recorde-se que, em 1978, o jornal regional Tampa Bay Times, então controlado pelo milionário Nelson Poynter, passou a ser  editado, sem fins lucrativos, pelo Instituto Poynter, de São Petersburgo, na Florida, especializado em estudos sobre jornalismo.

Segundo o mesmo Observatório, a experiência do Philadelphia Inquirer vai ser acompanhada de perto por todos os demais jornais norte-americanos, porque há muita curiosidade em verificar se o modelo não lucrativo pode ser aplicado com sucesso a empresas jornalísticas.

 

Em Portugal, recentemente, a jornalista Alexandra Lucas Coelho defendeu, em artigo assinado no Público, um modelo semelhante para encontrar, desse modo, uma saída para a crise que corrói a Imprensa generalista.

O Público, financiado pelo Grupo Sonae, é um dos jornais que tem vindo a conhecer dificuldades crescentes, devido à quebra de circulação, o que implicou já uma nova redução de efectivos, englobando vários jornalistas.