De acordo com informações veiculadas por diversos meios, em causa estarão os jornais Correio da Manhã, o Sol e a revista Sábado, sendo ainda apontados, designadamente, os nomes dos jornalistas Felícia Cabrita, Luís Rosa, Ana Paula Azevedo, Graça Rosendo, Vítor Rainho, Tânia Laranjo, António Vilela, José António Saraiva, Rui Hortelão e Octávio Ribeiro. 

Referindo-se à detenção de José Sócrates no Aeroporto de Lisboa, em Novembro de 2014, o Ministério Público afirma que “ficou suficientemente indiciado que publicaram inúmeras notícias na sequência daquela detenção no período compreendido entre 23 de Novembro de 2014 e 30 de Março de 2015, tendo por objecto a divulgação do conteúdo de actos processuais, de meios específicos de obtenção de prova e de outros elementos contidos no processo vulgarmente designado como ‘Caso Marquês'”. 

Em declarações ao Diário de Notícias, Felícia Cabrita declara-se "preparadísima para tudo" e afirma:  

"Dentro do que é a justiça e do controlo absoluto do sistema judiciário pelo poder político nada me espanta", reage. E lança uma questão: "Porque não é acusado o procurador-geral da República de violar o segredo de justiça?" E defende: "Todas as semanas e todos os dias ele a viola."

Felícia Cabrita admite seguir para o Tribunal Europeu, "que neste tipo de casos tem sido exemplar". "Lá fora se decidirá a forma como aqui se faz justiça", diz. 

Contactado pela Lusa, o director do Correio da Manhã, Octávio Ribeiro, referiu, em nome do jornal e do canal com o mesmo nome: “continuaremos a cumprir o nosso dever de informar”.

“Em relação ao caso concreto: defender-nos-emos nos locais próprios, com todo o respeito pela Justiça portuguesa”, disse.

 


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