As restrições à liberdade de imprensa continuam a intensificar-se na Tanzânia, onde o regulador dos “media” tem sancionado operadores privados, que emitem conteúdos sem autorização prévia, denunciou um relatório do Comité Para a Protecção dos Jornalistas (CPJ).
No final de Agosto, a Cloud TV e a Cloud FM foram obrigadas a alterar a sua programação, depois de divulgarem a nomeação de candidatos parlamentares às eleições de 28 de Agosto, sem consultar o órgão regulador.
Além disso, o canal de televisão e a emissora de rádio tiveram que incluir, na “grelha” de programas, um pedido de desculpas ao Governo.
De acordo com o CPJ, este tipo de sanções está a tornar-se cada vez mais comum na Tanzânia. Por medo de represálias, os jornalistas começaram a auto-censurar o seu conteúdo e alguns recusam cobrir temas relacionados com política.
Os profissionais tanzanianos garantem, igualmente, que a aplicação das sanções é totalmente arbitrária.
Ademais, a programação estrangeira passou a ser proibida, e os operadores só estão autorizados a emitir conteúdos de produção interna.
Outubro 20
Por sua vez, as autoridades tanzanianas afirmam que foi necessário “apertar as regras”, de forma a garantir que os correspondentes internacionais seguem o protocolo local.
De acordo com os relatórios da Freedom House, a Tanzânia é um país parcialmente livre, onde não existe pluralismo governamental ( o partido Chama Cha Mapinduzi está no poder há 50 anos).
Os “media” independentes são alvo de repressão e as publicações “online” são obrigadas a pagar uma taxa anual.
Os Repórteres Sem Fronteiras( RSF) alertam, por sua vez, para a rápida deterioração da liberdade de imprensa nacional, que se acentuou com as eleições de 2015. Os jornalistas de investigação são, agora, um dos principais alvos do governo.
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