“Media” espanhóis querem reforçar editorias de saúde e ciência
Os jornalistas e empresários de “media” espanhóis reconheceram, no primeiro dia do ciclo de debates organizado pela Federação de Associações de Jornalistas de Espanha (FAPE), que uma das grandes lições da pandemia é a necessidade de reforçar as editorias de saúde e ciência.
Este evento -- intitulado “ Jornalismo na pandemia: o que aprendemos” -- contou com a participação de vários profissionais dos “media” espanhóis, incluindo Casimiro García Abadillo , director do “El Independiente” ; Fernando Garea , director do “El Periódico de España” ; Graziella Almendral , presidente da Associação Nacional de Jornalistas de Saúde (ANIS), e Helena Resano , apresentadora do La Sexta Noticias.
Todos estes profissionais reconheceram a necessidade de melhorar a relação dos “media” em Espanha com especialistas em saúde, de forma a oferecer informação de qualidade aos cidadãos.
Fernando Garea recordou, neste sentido, que, durante o confinamento, a imprensa teve dificuldades em estabelecer contacto com investigadores na área das ciências.
Já Graziella Almendral destacou que tem sido muito difícil encontrar reportagens de qualidade em tempos de pandemia, devido à escassez de especialistas. “ Temos lutado para ter jornalistas de ‘ciência-saúde’ desde sempre e não tivemos sucesso. Gostaríamos de dizer que esta crise mudou isso, que fez com que nos ouvissem, mas não sei se é esse o caso ”.
Outubro 21
Almendral recordou, ainda, que a maioria dos jornalistas tem poucos conhecimentos a nível de saúde, o que os leva a tomar todas as informações como verdadeiras, em vez de tentarem cruzar factos e refutar argumentos.
Outra das dificuldades apontada pelos participantes foi a ausência de um protocolo de trabalho durante o período de confinamento, o que dificultou o combate às notícias falsas e às “teorias da conspiração”, mas melhorou a relação de proximidade com o público.
“Não sabíamos o que fazer”, disse Casimiro García Abadillo. “ Vimos como a desinformação e as notícias falsas aumentaram. Aprendemos muito com essa cobertura da pandemia, porque conseguimos aproximar-nos dos leitores. Isso é o mais importante para mim ”.
Os palestrantes recordaram, neste sentido, que a cobertura mediática da pandemia se fez acompanhar de aspectos positivos, tais como o aumento do número de subscritores digitais.
Por fim, os participantes concluíram que, apesar das dificuldades, os “media” espanhóis conseguiram desempenhar as suas funções de forma eficiente.
“O papel dos jornalistas tem ajudado a diminuir o negacionismo e a impulsionar o nível de vacinação”, rematou García-Abadillo.
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