Maioria de leitores no Reino Unido de notícias digitais não quer pagar o acesso
De acordo com Miguel Ormaetxea no seu artigo publicado site media-tics, as tendências globais nos meios de comunicação são “muito preocupantes”: as audiências digitais chegaram ao limite em 2016, depois de vários anos de ascendência fulgurante e a publicidade dirigida a públicos multimilionários perverteram os editores. Finalmente, começa a verificar-se que a informação de qualidade, como serviço à sociedade, não se pode financiar com a publicidade, e que é preciso procurar alternativas.
O caso do diário britânico The Guardian, é um exemplo, refere Miguel Ormaetxea; no ano passado teve a maior audiência da sua história, no entanto, perdeu cerca de 170 milhões de libras. Já acumulou mais de 400 milhões de libras de perdas e sobrevive graças fundo de reserva de uma fundação.
Também em Espanha, 85% dos utilizadores da internet que integraram o estudo Navegantes na Rede, lêem informação digital, mas só 4 em cada 100 pagariam para ler notícias na Internet.
Miguel Ormaetxea reflecte, também, sobre a “submissão” dos editores ao Facebook Instant Articles e ao Google AMP, pois eles sabem que a difusão de notícias através do Facebook e da Google, não só lhes dá uma forte audiência, como os faz ganhar mais dinheiro.
Perante esta situação, levantam-se cada vez mais vozes que pedem soluções adequadas como é o caso de Emily Bell, directora do Tow Center for Digital Journalism da Universidade de Columbia, que exige uma intervenção radical no mercado e a criação de uma dotação para financiar e salvaguardar o jornalismo independente,com informação de qualidade.
Leia aqui na íntegra o artigo de Miguel Ormaetxea no site media-tics