Segundo Le Monde, que cita o magazine de cultura Télérama, as palavras proferidas pelo Presidente terão sido: “O audiovisual público é uma vergonha para os nossos concidadãos, é uma vergonha em termos de ‘governança’, é uma vergonha naquilo que tenho visto estas últimas semanas sobre a atitude dos dirigentes.” 

O próprio Le Monde considera estes termos uma acusação “extremamente severa e inédita, tanto mais que o chefe do Estado, desde a sua eleição, nunca se tinha pronunciado directamente sobre a France Télévisions ou a Radio France”. 

Indo ao pormenor, Emmanuel Macron fustigou “a má gestão, o desperdício, a mediocridade de programas e conteúdos, as relações incorrectas entre o audiovisual e os seus parceiros externos (animadores, patrocinadores, etc.)”  - segundo a edição online de L’Express

A reportagem deste semanário recorda que, “desde que está no Eliseu, Emmanuel Macron recebe sistematicamente os deputados da maioria pertencentes a cada uma das comissões da Assembleia. Na segunda-feira, 4 de Dezembro, foi a vez dos membros da Comissão dos Assuntos Culturais e da Educação”. 

O Presidente teria dito que tanto France Télévisions como Radio France não se esforçavam o suficiente para “educar as pessoas que estão longe da cultura, (...) que nunca vão ver o canal Arte nem uma cadeia de televisão pública”, lamentando que “não se olhe para o continente sobre o qual estão a ser educados os nossos jovens”  - isto é, a Internet. 

No dia seguinte, o artigo de L’Express causou alguma emoção durante um colóquio na Universidade de Paris Panthéon-Assas, em que estavam presentes Delphine Ernotte, presidente de France Télévisions, e Mathieu Gallet, presidente de Radio France

 

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