O documento, que citamos da Asociación de la Prensa de Madrid  - com a qual mantemos um acordo de parceria -  chama ainda a atenção para a chamada “lei da mordaça”, sublinhando que, ao longo de 2017, “vários jornalistas e repórteres-fotográficos foram sancionados pela polícia quando cumpriam, em espaços públicos, a sua missão de garantir aos cidadãos o direito à Informação”. 

As liberdades de Imprensa e de expressão vêm juntas porque  - como afirma também -  “para que a primeira seja efectiva é necessário que a segunda esteja protegida, sobretudo nestes tempos de proliferação de ‘falsas notícias’, que procuram precisamente esvaziar de conteúdo esses direitos para minar as bases da nossa democracia, mediante a desinformação e ingerência nos processos eleitorais”. 

Como é afirmado a seguir, “a liberdade de Imprensa também corre perigo quando os jornalistas são submetidos a contratos precários, com salários que impedem de prosseguir um projecto de vida ou, muito pior, quando são humilhados com ofertas de emprego sem remuneração”. 

O texto da FAPE menciona os desempregados de longa duração, os trabalhadores independentes ou pseudo-independentes, os bolseiros e os estagiários, que aparecem como “a parte mais prejudicada pela duríssima crise que afectou a nossa profissão na última década, reflectindo-se na perda de 12.200 empregos, uma destruição de postos de trabalho ainda não terminada”. (...)

Refere-se ainda à desigualdade salarial que afecta as mulheres jornalistas e as barreiras postas à sua progressão profissional.

O documento que citamos reune estas e outras preocupações num conjunto de sete exigências, dirigidas, em primeiro lugar, a “todos os responsáveis pela perseguição aos jornalistas e aos meios de comunicação” na Catalunha;  em segundo, aos grupos parlamentares, para que revoguem ou alterem os artigos da “lei da mordaça” que limitam o livre exercício do jornalismo;  e, em terceiro, aos governos, para que deixem trabalhar livremente os jornalistas dos meios públicos, respeitando a sua independência”. (...) 

Apela também, seguidamente, aos responsáveis pelos media e à sociedade em geral, para que reconheça “que uma democracia é tanto mais forte quanto menos entraves sejam postos à liberdade de Imprensa e ao trabalho dos jornalistas”, e aos próprios profissionais, “para que defendam a sua independência com firmeza e apostem por um jornalismo alheio aos poderes”. (...) 

A síntese aqui citada, no site da APM, e o texto completo do comunicado da FAPE.