“L’Express” adopta fórmula do “The Economist”
O semanário quer focar e comprometer-se com valores de "abertura, liberalismo, antecipação", recusando "todo conservadorismo", embora "os fundamentos não mudem". “L'Express” será o "observador das transformações do mundo", à imagem de um "espectador empenhado", para "ter a maior influência no debate de ideias". O objetivo é ter "uma postura mais decisiva.
O novo “L’Express” vai ser mais fino, mas mais “denso”. "Há um terço menos páginas e 50% mais conteúdo", disse Weill. Para acomodar todo esse texto , a revista optou por um “layout” sóbrio deixando pouco espaço para fotos, à semelhança do que já acontece em revistas de economia como a “The Economist” e a “New Yorker. O peso das imagens vai ser reduzido para deixar mais espaço para o texto.
O eixo estratégico de crescimento será, contudo, o formato digital. Para atrair assinantes - “L'Express”, que tem "menos de 100 mil" assinantes aponto como alvo os 200 mil .
Para que o objectivo possa ser atingido, serão oferecidos quatro serviços. "L'Express masterclasses" - longas entrevistas de áudio –, “L'Express augmentée -- a revista em PDF à qual é adicionado novo conteúdo -, "Regards D’Archives" -, conteúdo que invoca assuntos cobertos pela revista no passado. Os assinantes terão, também, acesso a uma secção de confidências, disponível em grupos de Whatsapp e Messenger.
O semanário quer apostar, ainda, no marketing, tencionando investir entre 10% e 20% do volume de negócios numa grande campanha de comunicação (TV, rádio, digital), que terá início em Fevereiro.
A mudança editorial surge como tentativa de solucionar um período financeiro atribulado, que ameaçou comprometer o semanário e os seus funcionários. Weill considera que a revista já se encontra “fora da zona vermelha” e espera que, no período de 3 anos, o negócio esteja completamente recuperado.