Le Nouvel Observateur tenta a “nova escrita” para o público jovem

O projecto deste grupo, dirigido pela jornalista Audrey Cerdan é, nas suas próprias palavras, “contar de outro modo, levar as pessoas a temas complicados por meio de formatos apelativos e envolventes”. Vai ser dada mais atenção à imagem, tendo em conta o público jovem que frequenta o site.
Tudo isto parte da consciência de que mudaram as necessidades dos utilizadores, que chegam lá frequentemente pelo Facebook, fazem a leitura em plataformas móveis e gastam menos tempo. Como precisa Audrey Cerdan, trata-se de “propor coisas que possam ser consultadas no tempo que eles dedicam à informação, num telemóvel dentro de um autocarro, por exemplo”.
Esta questão faz parte de um debate mais amplo, que tem a ver, em parte, com a crise do jornal impresso tradicional, em favor do suporte informático. A transição parece inevitável, mas nem todas as melhores promessas de uma deslocação da publicidade, ou dos assinantes, para o novo modelo, transportam consigo garantias de estabilidade económica segura.
Pelo outro lado, fica a questão de saber se temas de uma informação mais séria (mais “complicada”...) passam de facto à consciência do leitor (agora chamado “consumidor de conteúdos”) por efeito de formatos “mais apelativos”, aceitando a condição prévia de uma leitura fugaz e pouco concentrada.
Não há respostas fáceis.
Mais informação no texto citado, em Les Clés de la Presse: