O jornal considera que, em 2019, houve um despertar de consciência social, que mobilizou milhares a saírem às ruas, para discutirem questões de identidade, de legitimidade de poder e de preocupação com o ambiente.

A grande preocupação na construção desta edição foi reflectir sobre três incógnitas que se surgiram com o despertar das manifestações em massa: Será que estes movimentos de desobediência alguma vez convergirão globalmente? Uma vez na rua para se opor a uma medida impopular, o que acontece depois de obter a satisfação? Os Estados serão capazes de absorver a forte demanda social por uma política regenerada? Por outras palavras, neste confliro entre poder e sociedade, será que esses movimentos de desobediência conseguirão que as reinvindicações sejam ouvidas?

Eis, em resumo, o pior das preocupações dos jornalistas do “Le Monde”, e da textura deste suplemento anual.