“As nossas publicações souberam tirar partido, em 2017, de um ano especialmente fértil em acontecimentos, a começar pela campanha presidencial. Conseguiram fazê-lo graças ao nosso investimento num jornalismo de alta qualidade e a uma estratégia digital agora bem firmada.” (...) 

O artigo que citamos, assinado pelo director de Le Monde, Jérôme Fenoglio, e pelo presidente do conselho de direcção, Louis Dreyfus, adianta que os magazines do grupo “mantiveram uma estrutura de difusão mais clássica, essencialmente suportada em papel e nomeadamente pelas assinaturas, mas mantendo uma rentabilidade que fortifica o conjunto, com grande difusão, tanto do M du Monde (274 mil exemplares), como de Télérama (523 mil), como do Courrier International (180 mil), que viu crescer a sua circulação em 2017 graças a um desenvolvimento importante das assinaturas digitais (+ 31%), que são agora superiores às vendas por exemplar”. 

“Finalmente, Le monde Diplomatique teve uma progressão de 3% nas vendas, também com uma subida notável da difusão digital (+ 24%).” (...) 

“Entre os projectos mais notáveis, citamos por exemplo os que se têm desenvolvido no digital: o Huffington Post (que é o 8º site francês de actualidade e o 6º nos dispositivos móveis), lançado há cinco anos, ou, desde há um ano e meio, a edição do Monde no Snapchat, que é seguida todos os dias por mais de 900 mil jovens.” (...) 

A concluir, o texto afirma que estes bons resultados “contrariam duas ideias feitas que circulam, sobre a situação da informação em França”: 

“A crise do jornal impresso [de la presse écrite, no original] não é uma fatalidade: a muito clara subida da circulação paga do Monde em França, ao longo de todo o ano passado, demonstra que o sucesso do digital, em vez de nos enfraquecer, proporciona variados meios para nos dirigirmos a novos leitores e convencer um número crescente deles a fazerem uma assinatura.” 

“A desconfiança entre os cidadãos e os jornalistas não é geral. Os leitores das publicações do grupo Le Monde são cada vez mais numerosos a confiarem na nossa informação, produzida de modo não partidário e independente por redacções protegidas de toda a pressão dos poderes políticos e económicos, pela nossa direcção [notre gouvernance], por dispositivos que se tornaram estatutários, por uma exigência quotidiana e uma história de mais de 62 anos.” 

O texto citado, na íntegra, em Le Monde