Este desenvolvimento parte da verificação de que o smartphone se tornou, nos últimos anos, um canal de difusão primordial para todos os meios de comunicação. "O dispositivo móvel é uma oportunidade incrível para acompanhar os nossos leitores ao longo do dia. Devemos encontrar aí toda a riqueza do Figaro"  - explica Laurence de Charrette, que dirige a redacção do figaro.fr

Assim, a nova versão abre com a primeira página, que põe em destaque as principais informações do momento, seleccionadas pelos jornalistas da redacção para o móvel. Há uma síntese da actualidade de manhã e ao fim do dia. Os outros três écrans apresentam o desenvolvimento das últimas informações minuto a minuto, a actualidade em vídeo e os artigos das várias rubricas e temáticas favoritas. 

Segundo o texto de apresentação publicado no Figaro, as grandes plataformas tecnológicas "operam a sua selecção segundo critérios de popularidade, ou em função do interesse dos que são próximos do utente, o que resulta por vezes numa visão fragmentada da actualidade". 

Perante este facto, os grupos de Imprensa querem reforçar a importância do trabalho jornalístico.
"No Facebook, não se sabe necessariamente o que acaba de acontecer, nem o que é importante, e beneficia-se ainda menos da perspectiva e da profundidade oferecidas por uma redacção de 450 pessoas"  - acrescenta Laurence de Charrette.

Os utentes da aplicação do Figaro são mais fiéis do que os do site online, com mais de 24 milhões de visitas no mês de Junho. "É esse o nosso ponto de mira, que desejamos alargar"  - explica Bertrand Gié, director dos meios digitais do grupo Figaro. A aplicação móvel funciona também como alavanca para recrutar assinantes para o Figaro Premium (actualmente mais de 50 mil).

 

A notícia em Le Figaro, de onde colhemos a imagem, assinada Anatoliy Babiy / bloomua-Fotolia