No caso da primeira, esta explicou que o actual director, David Dinis propôs “reduzir a minha crónica semanal a mensal e cortar para metade a remuneração de cada crónica. Recusei por considerar que essa proposta esvazia o diálogo com o leitor e reduz a remuneração a algo indigno. Nenhuma outra proposta foi feita”.

Outro tanto aconteceu com Paulo Moura, que utilizou o seu perfil do Facebook para revelar que a sua saída do Público, onde está desde a fundação, se deveu à “iniciativa da actual direcção”, assegurando, contudo, que “continuarei a fazer reportagem, a escrever e a publicar onde quer que o jornalismo seja valorizado”.

Recorde-se que David Dinis negou que, na sua perspectiva, o jornalismo estivesse em crise, defendendo em editorial que “hoje, temos mais pessoas a ler-nos do que alguma vez imaginámos; hoje temos muitas formas de apresentar a informação; hoje temos uma proximidade enorme do leitor - mesmo com quem esteja mais longe do que antes; e hoje conseguimos, como nunca, perceber o que ele nos pede”.