Jornalistas do “Mediapart” protegem as suas fontes
O comunicado referido explica que o procedimento das autoridades, “ao qual os nossos confrades puderam opor-se legalmente - mas que poderia tornar-se obrigatório e coercivo com o mandato de um juiz, e detenção - constitui uma tentativa especialmente inquietante de atentar contra o segredo das suas fontes”.
“O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, no entanto, fez da protecção das fontes do jornalismo, desde 1996, ‘uma das pedras angulares da liberdade de Imprensa’.”
O fundador de Mediapart, Edwy Plenel, explicara em conferência de Imprensa que o site nunca recusou a requisição da comissão rogatória, de colocar à disposição da justiça as gravações que tinha tornado públicas e que documentam a violação do controlo judiciário e a tentativa de destruição de provas entre Alexandre Benalla e Vincent Crase [outro arguido]. Precisa, no entanto, que Mediapart, “que não é um informador da polícia”, só o faz com material que entretanto publicou. (...)
Na sequência destes factos, algumas dezenas de manifestantes dos “coletes amarelos” vieram até junto da sede de Mediapart manifestar o seu apoio ao site, “visivelmente encantados” - como refere L’Express - “pelo facto de as últimas revelações terem de novo abalado o antigo colaborador de Emmanuel Macron”.