Jornalistas do “Guardian” em risco de despedimento
Perante a quebra de receitas publicitárias e de circulação, o Guardian Media Group anunciou a dispensa de 180 colaboradores, entre os quais 70 jornalistas.
Os profissionais já expressaram o seu desagrado, argumentando que, no contexto de pandemia, o Grupo deveria apoiar o jornalismo, em vez de colocar obstáculos à sua prática.
Entretanto, a NUJ (National Union of Journalists -- União Nacional de Jornalistas, em português), já enviou um apelo, considerando que a estratégia irá “afastar os leitores e prejudicar a qualidade do jornalismo” e instando a empresa “ a oferecer a opção de despedimentos voluntários a todo o pessoal em risco”.
Até porque, de acordo com os colaboradores do Guardian Media Group, a imposição de quaisquer despedimentos obrigatórios "mina" a pretensão de ser um bom empregador. Além disso, aquela empresa de “media” tem a certificação B-Corp, que obriga equilibrar os objectivos e os lucros, considerando os efeitos das suas decisões nos seus trabalhadores, clientes e no ambiente.
Setembro 20
“Acreditamos que a reacção de pânico da empresa (...) resultou numa revisão apressada dos recursos da empresa e num programa de redução de custos que não tem em consideração os seus valores ou a adesão à B-Corp “, afirmaram os membros da NUJ. "Apelamos à empresa para que apoie, em vez de dificultar, o seu pessoal neste esforço".
Os jornalistas do Guardian Media Group não deixaram, porém, de agradecer aos leitores pelo seu "incrível apoio e solidariedade", comprometendo-se, ainda, a continuar “a proporcionar-lhes o jornalismo de alta qualidade e confiança de que necessitam nestes tempos difíceis”.
Recorde-se que, em Julho, o “Guardian” anunciou que a pandemia tinha diminuído as previsões de receita em 25 milhões de libras, o que representava "perdas anuais insustentáveis em anos futuros” e que, por isso, teria de tomar medidas “drásticas”.
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