O texto foi publicado originalmente em ObjEthos, de onde é citado, na íntegra, pelo Observatório da Imprensa do Brasil, com o qual mantemos um acordo de parceria.

 

Reproduzimos a seguir o texto original do comunicado:

"O Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros estabelece, em seu Artigo 6º, parágrafo XI, que o jornalista tem o dever de “defender os direitos do cidadão, contribuindo para a promoção das garantias individuais e coletivas, em especial as das crianças, dos adolescentes, das mulheres, dos idosos, dos negros e das minorias”. 

No mesmo Artigo (parágrafo XIV), o documento inclui ainda como uma obrigação do profissional “combater a prática de perseguição ou discriminação por motivos sociais, econômicos, políticos, religiosos, de gênero, raciais, de orientação sexual, condição física ou mental, ou de qualquer outra natureza”. 

Também é dever do jornalista, segundo o Artigo 6º, parágrafo X, “defender os princípios constitucionais e legais, base do estado democrático de direito”. Não há dúvidas sobre as condutas profissionais esperadas de todos os jornalistas brasileiros. 

Em razão do processo eleitoral para a escolha do presidente da República marcado por clara disputa entre um projecto democrático e outro autoritário, que atenta contra os direitos fundamentais da pessoa humana e a própria Democracia, a Comissão Nacional de Ética dos Jornalistas e as Comissões Estaduais de Ética convocam os profissionais para que reafirmem os princípios éticos de nossa profissão. 

Mais do que nunca, esse é um momento histórico de assegurar e renovar nossos compromissos com uma sociedade livre, plural, justa, solidária e democrática. É fundamental para o exercício do jornalismo a liberdade de expressão, o fiel respeito à ética e a dignidade de todos os seres vivos. A sociedade exige informação de qualidade para o aprimoramento da Democracia e isso somente pode ocorrer em uma prática ética cotidiana. 

Por isso, alertamos para os riscos de contaminação da sociedade por práticas fascistas e de desrespeito aos Direitos Humanos que merecem o repúdio de toda a imprensa e, por extensão, da sociedade brasileira. 

É preciso combater de modo contundente a disseminação das notícias falsas (fake news), verdadeira chaga que ameaça o processo democrático e que busca manipular a vontade soberana do eleitor. Que os jornalistas e o jornalismo possam ser vacina contra este mal, ao observar o nosso Código de Ética e lutar pela manutenção e aperfeiçoamento da Democracia, rejeitando, combatendo e denunciando todas as formas de ameaça, violência, ódio e preconceito. 

Jornalista ético jamais será cúmplice de ditaduras ou de qualquer forma de autoritarismo."

 


O texto do comunicado, em ObjEthos  e no Observatório da Imprensa