Jornalistas amnistiados em vésperas de eleições sírias
Mais de 400 jornalistas, advogados, funcionários públicos e activistas foram libertados na Síria, em vésperas de eleições. A maioria não havia sido formalmente acusada ou julgada.
De acordo com a agência Reuters, estes cidadãos haviam sido condenados ao abrigo da Lei de Cibercrimes. As detenções terão sido motivadas por demonstrações de apoio à oposição nacional, como “gostos” em comentários, ou partilha de determinados artigos.
Segundo fontes sírias, a libertação destes profissionais teve como objectivo influenciar a opinião pública, já que a data das próximas eleições nacionais está a aproximar-se. Ainda assim, o governo não concedeu amnistia a nenhum dos opositores directos de Bashar al-Assad já que criticar o Presidente sírio é considerado um “crime capital”.
“O momento auspicioso da libertação, mesmo antes das eleições, de uma facção moderada ... é uma forma de criar uma fachada, de tornar os resultados das eleições mais credíveis”; disse Sara Kayyali, investigadora síria da Human Rights Watch com sede nos Estados Unidos.
Recorde-se que, em Janeiro, o Ministério do Interior sírio tinha alertado que aqueles que violassem a lei dos cibercrimes -- que criminaliza comentários críticos à autoridade do Estado -- enfrentariam um mínimo de seis meses de prisão.
Maio 21
Além disso, aquele ministério referiu que iria perseguir os cidadãos que divulgassem notícias falsas.
A Síria encontra-se em 173º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras, que avalia um total de 180 países.
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