Jornalistas alvos de agressões pelos “coletes amarelos”

Em Toulon, dois jornalistas de vídeo da Agence France-Presse foram ameaçados enquanto trabalhavam e forçados a fugir, procurando abrigo num restaurante.
Segundo Le Figaro, “desde há várias semanas que os gilets jaunes atacam os jornalistas, que acusam de ‘colaboracionismo’, suspeitos de só retransmitirem a versão oficial, de dissimularem as violências policiais ou de mentirem sobre o número dos manifestantes”.
Durante o “sétimo acto” já se tinham agrupado diante das sedes da BFMTV, da France Télévisions, do Libération e de L’Express.
“Além da violência física, muitos gilets jaunes organizaram igualmente ajuntamentos destinados a impedir a difusão de jornais locais. A impressora de L’Yvonne Républicaine, perto de Auxerre, foi o alvo de meia centena de manifestantes que bloquearam a estrada aos camiões e lançaram fogo a palettes” – como explica o mesmo jornal no seu site.
Houve situações semelhantes, para impedir a partida dos jornais impressos, com La Voix du Nord, em Vallenciennes, e Ouest-France, no Loire-Atlantique.
“Critiquem-nos quanto quiserem, isso é normal. Mas não se esqueçam de que um país sem jornalistas chama-se uma ditadura” - escreveu, na sua conta de twitter, o jornalista Thomas Sotto, de France2.