Jornalista Leonete Botelho eleita presidente da CCPJ
A CCPJ existe desde 1995 e nunca teve um presidente jornalista. Ou foram magistrados de carreira (Eduardo Lobo, Eurico Reis, Pedro Mourão) ou um representante dos operadores do sector (Henrique Pires Teixeira).
Segundo o seu estatuto legal, a CCPJ "é um organismo independente de direito público ao qual incumbe assegurar o funcionamento do sistema de acreditação profissional dos jornalistas, equiparados a jornalistas, correspondentes e colaboradores da área informativa dos órgãos de comunicação social, bem como o cumprimento dos respectivos deveres profissionais".
Leonete Botelho foi escolhida para presidir à CCPJ pelos restantes membros da direcção: Jacinto Godinho, Marina Pimentel, Anabela Natário e Miguel Alexandre Ganhão (eleitos pelos jornalistas); e Isabel Magalhães, Luís Mendonça, Albérico Fernandes e Francisco Rebelo dos Santos (representantes dos operadores do sector).
Iniciou a sua carreira jornalística em 1989, no Diário de Coimbra. No Público desde 1992, foi correspondente em Coimbra e editora das secções de Sociedade e Política (esta última entre 2009 e 2016). Grande repórter desde 2008, faz a cobertura da Presidência da República praticamente desde o início do mandato de Marcelo Rebelo de Sousa. É co-autora do livro Marcelo – Presidente Todos os Dias, juntamente com Felisbela Lopes, que será editado em Fevereiro.
Segundo testemunho da própria, no seu endereço no Público, “o jornalismo surgiu como a melhor forma possível - e desejada - de declarar independência ao terminar Direito; O Diário de Coimbra ficava ali na Rua da Sofia, entre o tribunal e o escritório de advogados onde fazia estágio, mas rapidamente o jornalismo se sobrepôs”.
“O prazer da escrita, o resultado imediato, a realidade a acontecer sob os nossos olhos em primeira mão. Viver para contá-la. Voltei à Faculdade quando foi criada a pós-graduação em Direito da Comunicação.”
“Seguiu-se a ‘tarimba’ e o Público: três anos correspondente em Coimbra, nove anos na secção de Sociedade no Porto – justiça, migrações, menores, violência doméstica: minorias. Em 2006 rumei a Lisboa e às maiorias: a Política vista da Assembleia da República. Editar foi um desafio que se impôs, outra vez. Mas é na ponta dos dedos, na veia crítica, que o jornalismo fervilha.”