Jornalista do Público vence por unanimidade Prémio Rei de Espanha

O caso concreto contado nesta história é o de António Bento, então furriel do Exército Português, que se enamorou de uma jovem guineense chamada Esperança Andrade, com quem teve um filho, que ficou na Guiné. A reportagem foi feita sobre o seu retorno ao local e o reencontro com o filho.
Catarina Gomes começou a seguir esta pista temática durante a pesquisa para o livro que publicou em 2014, intitulado “Pai, tiveste medo?”, sobre a história da guerra colonial vista pelos filhos dos combatentes. Nesse mesmo ano, recebeu o Prémio Gazeta Multimédia pela sua reportagem “Filhos do Vento”, com Manuel Roberto e Ricardo Resende, na qual já se contavam as primeiras histórias de filhos de ex-militares portugueses com jovens mulheres africanas, nos teatros da guerra colonial.
A última vez que um jornalista português tinha recebido este prémio na categoria de Imprensa escrita foi em 1993, com um trabalho de Maria Augusta Silva no Diário de Notícias.
Aos Prémios de Jornalismo Rei de Espanha - organizados pela agência EFE e pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional - concorreram, desta vez, 185 trabalhos provenientes de 18 países, entre os quais seis de jornalistas portugueses.