Jornalista da AP dispensada por uso indevido de redes sociais
Uma jornalista da Associated Press (AP) foi dispensada apenas duas semanas após a sua contratação, por ter violado a política de utilização de redes sociais da agência noticiosa.
Segundo noticiou o “site” do Instituto Poynter, a jornalista em causa, Emily Wilder, não foi informada sobre o “post” que resultou na sua dispensa, mas tudo aponta para “tweets” sobre o conflito Israelo-árabe.
Wilder, que se licenciou em 2020 pela Universidade de Stanford, tem vindo a expressar o seu apoio aos palestinianos, criticando, igualmente, o governo de Israel.
Num comunicado publicado no Twitter, Wilder disse estar a ser utilizada como “bode expiatório”, após a AP ter sido criticada por políticos conservadores.
“Fico destroçada porque sou uma jornalista que quer muito aprender com os profissionais destemidos da AP -- e fazer as minhas próprias reportagens”, pode ler-se na nota. “É assustador que tenha sido dispensada quando precisava do apoio desta instituição. E fico enervada por ser acusada de antissemitismo quando sou judia, cresci numa comunidade judaica e estudei em instituições ortodoxas”.
Segundo recordou o Instituto Poynter, a política de redes sociais da AP estabelece que os colaboradores estão proibidos de expressar as suas opiniões sobre questões políticas, ou qualquer outro assunto que possa prejudicar a reputação e objectividade da agência, bem como a segurança dos seus jornalistas .
Maio 21
“Temos esta política para garantir que os comentários de uma pessoa não criam condições perigosas para os jornalistas que estejam a cobrir esta história”, afirmou Lauren Easton, porta-voz da AP. “Todos os jornalistas da AP são responsáveis por salvaguardar a nossa capacidade de reportagem sobre este conflito, ou qualquer outro, com justiça e credibilidade, não podendo escolher lados em fóruns públicos”.
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