A presidente da APM  - associação com que o CPI mantém um acordo de parceria -  acrescentou ainda, sobre a questão da desinformação, que o facto de estar hoje reconhecida como um problema pode levar os cidadãos a “tornarem-se conscientes de que estão a ser, ou podem ser, objecto de informações manipuladas”. E a partir daqui vão passar a “reivindicar, e até a pagar por uma informação credível, livre e independente, que é imprescindível à saúde democrática de um país”. 

Em situações de debate, Victoria Prego recomendou que o jornalista não se coloque ao mesmo nível, mas “sempre dois passos atrás de um debate crispado e hostil”, porque nessa situação “perde credibilidade perante os cidadãos”. 

Foi feita então a entrega dos quatro Prémios APM relativos a 2017: 

O Prémio de Honra à jornalista e escritora Nativel Preciado, já aqui mencionada, a qual disse que, embora um prémio de carreira profissional possa soar como uma despedida, “com um pouco de sorte e saúde, e sem tirar o lugar a ninguém, vou continuar a exercer esta profissão que me permitiu cumprir todos os meus sonhos”. O jornalismo, afirmou ainda, “é o melhor investimento contra a tirania”. 

O segundo prémio entregue foi o do Melhor Jornalista do Ano, ao director de televisão laSexta, Antonio Garcia Ferreras, cuja entrevista também aqui publicámos, e que voltou aos temas nela expostos, “a ética da decência” como valor fundamental do jornalismo e a qualidade da equipa que dirige e “respira profundamente a paixão por esta profissão”. 

O prémio do Jornalista Jovem do Ano foi entregue a Issac J. Martin, correspondente da EFE no Médio-Oriente, que criticou o conformismo muitas vezes praticado no jornalismo internacional, que se faz “sentado numa cadeira, em Espanha, a traduzir media estrangeiros”, em vez de apostar nos jornalistas nacionais, “fora de casa e, muitas vezes, arriscando a vida” no terreno.

Por último, recebeu o prémio de Jornalista Especializada em Madrid a redactora de secção de Madrid do diário ABC, Sara Medialdea, que defendeu o jornalismo local, pela sua proximidade aos cidadãos, compartilhando a distinção com todos, especialmente os mais jovens, que “lutam por sobreviver em condições precárias”. (...)

 

A reportagem citada, na íntegra, na APM