Na Tunísia, o jornal “online” “Nawaat” está a remar contra a maré. Enquanto muitos jornais em formato de papel apostam no digital, o “Nawaat” move-se na direcção oposta, com o lançamento de uma revista.
O jornal foi fundado em 2004 como um fórum para todas as correntes da oposição tunisina. Bloqueado no período da ditadura, tornou-se conhecido do público com a Primavera Árabe. A partir de um “blog” participativo, a plataforma reporta mobilizações sociais, investiga casos de corrupção e denuncia abusos de poder.
"O Nawaat assumiu riscos económicos e de marketing, mas não riscos editoriais", reitera Ahmed Amine Azouzi, consultor de “media”, que acredita que "é relevante que um título de imprensa se desenvolva fora do seu meio tradicional". Segundo Amine, o desenvolvimento “offline” da “Nawaat” prova que existe dinamismo no sector mediático, o que é um bom indicador da liberdade de imprensa.
Janeiro 20
O objectivo da revista não é substituir o conteúdo “online”, mas encontrar um lugar na prateleira de novos leitores. Apenas um terço dos artigos é inédito; os restantes foram já publicados em formato digital, mas a sua intemporalidade justificou uma reedição.
Na primeira edição, intitulada "Motivos de Esperança", o tom é, deliberadamente, optimista. "Há esperança mesmo quando é difícil vê-la", diz o editorial, referindo-se às crise política e económica do país.
O último índice de liberdade de imprensa dos Repórteres sem Fronteiras (RSF) sustenta o texto optimista. Segundo a ONG, a Tunísia goza de muito mais liberdade de imprensa do que outros países do Norte de África e do Médio Oriente. No ranking de 2019, está na 72ª posição, à frente de Marrocos (135º) , Argélia (141º), mas também de Israel (88º).
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