O jornal L’Écho, criado há 76 anos, publicou a sua última edição. O título da publicação era claro: "Esta edição de L'Écho é a última", dizendo "Adieu aux lecteurs".
O jornal optou por encerrar antes que a liquidação judicial da editora fosse declarada, justificando que “asfixiado economicamente, o jornal não terá sobrevivido à crise da imprensa”.
O jornal foi criado em 1943, sob o nome Valmy, e era distribuído clandestinamente durante a Guerra, como folha da Resistência.
Com uma linha editorial antiliberal, depois da Guerra, o jornal era "porta-voz rigoroso do Partido Comunista", segundo foi publicado no site. Contudo, no final do século tornou-se independente do Partido Comunista Francês.
Em 2012, L’Écho foi colocado em liquidação judicial, mas com um défice de 1,7 milhões de euros, não conseguiu resolver a situação. “Não conseguimos vencer o desafio", explica Frédéric Sénamaud, presidente da associação de assinantes.
Sénamaud salientou, ainda, que o desfecho do jornal se deve à falta de leitores: "infelizmente já não tinha leitores suficientes, já não tinha publicidade suficiente, já não tinha anúncios suficientes para garantir a próxima remuneração dos 42 funcionários do Echo e assegurar a sua própria sustentabilidade".
Novembro 19
Apesar das tentativas recentes de implementação de uma nova fórmula, "a realidade surgiu, e finalmente fomos apanhados pelo declínio das receitas e o volume dos passivos associados ao pedido de falência de 2012”.
O Tribunal de Comércio de Limoges devia pronunciar-se sobre o destino do jornal e dos seus 42 empregados, a maioria jornalistas.
Depois de terem conhecimento do futuro do jornal, os leitores deslocaram-se ao Tribunal de Comércio para apoiar a publicação e o Clube de Imprensa de Limousin.
"O desaparecimento de L'Écho é o fim da pluralidade da informação, tida como necessária e parte do dever ético", disse a presidente, Anne-Marie Muia.
Frédéric Sénamaud responsabilizou "a diminuição da publicidade, que nos fez perder 800 mil euros por ano, a lenta erosão dos leitores (...) e a crise económica de 2008".
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