Jornal digital “Quartz” passa a ter acesso pago
O projecto é usar o acesso condicionado pelo número de artigos já lidos (metered paywall) como porta de entrada para a membership (outro modo de dizer assinatura, mas com mais identificação e envolvimento pessoal) no jornal.
Como explica Jay Lauf, “num mundo frequentemente cheio de ruído sobre as notícias, acreditamos que a nossa missão é mais importante do que nunca”:
“Hoje estamos a pedir, àqueles de entre vós que valorizam esta missão, que nos ajudem a investir naquilo que se habituaram a gostar no Quartz. Assim, estamos a tornar o acesso ilimitado a toda a reportagem original dos jornalistas do Quartz, por todo o mundo, exclusivo para os membros. Acrescentamos um limite ao número de artigos de leitura livre a que podem aceder, em cada mês, os não-membros. As newsletters e as aplicações continuam livres.” (...)
Esta mudança tem a ver com alguns números de tráfego recentes, segundo dados da comScore. Em 2017 e 2018, o tráfego online do Quartz tinha uma média de 11,5 milhões de visitantes únicos mensais, com um pico, em Agosto de 2017, de 15,7 milhões. Mas, no primeiro trimestre deste ano, caíu para os 7,3 milhões, uma quebra de 35% em relação ao período homólogo de 2018.
Claro que o Quartz chega a outras pessoas em mais plataformas, para além do seu próprio site. Mas “só teve um mês com menos de dez milhões de visitantes únicos entre Outubro de 2016 e Julho de 2018; nos oito meses que se seguiram, esteve abaixo dos dez milhões todos os meses menos um”. (...)
Em Julho de 2018, o Quartz foi adquirido à Atlantic Media pela empresa japonesa de negócios Uzabase por 86 milhões de dólares. Segundo uma exposição da Uzabase aos seus investidores, “a receita do Quartz subiu de 18,6 milhões de dólares, em 2015, para os 30 milhões em 2016, mas depois desceu para os 27,6 milhões em 2017”. (...)
Mais informação no artigo aqui citado, no NiemanLab.