Os que o fazem trabalham “roubando ao sono”, como dizem. Andam pelas ruas, entrevistam as pessoas e preparam notícias e reportagens que deslumbram os jovens. E isto apesar de o Universo Centro ser um jornal em papel. 

“Gostamos de tocar nas páginas e sujar os dedos de tinta”  - conta Pascual Gaviria, o actual director do periódico, que tem uma tiragem de 20 mil exemplares por mês, repartidos gratuitamente em 400 locais da cidade, principalmente bares, universidades e bibliotecas. 

“Há muitas coisas que fazem do Universo Centro um produto admirável de jornalismo. Podíamos falar do seu estilo, que se estuda nas faculdades de jornalismo da Colômbia por saber conjugar irreverência e sarcasmo com qualidade e crítica. Ou do seu modelo de negócio: é gratuito e sobrevive graças aos leitores. De facto, a edição número 100 foi possível graças a um mealheiro colocado na redacção do jornal, que se encontra num bar da praça onde tudo começou.” 

“Ali, entre cervejas e clientes, reune-se o colectivo de jornalistas que já ganhou os prémios mais prestigiados da América Latina graças a um projecto que ‘desmente muitas lições que nos deram sobre o que ia acontecer com os media’  - como diz Alfonso Buitrago, um dos colaboradores.” 

“Entre elas a de que as reportagens longas já não têm aceitação, porque as pessoas não querem ler, principalmente os jovens. Previsões erradas de todo, como Universo Centro demonstra todos os meses.”

 

O artigo aqui citado, em Media-tics,  e o site de Universo Centro