A informação, comunicada aos trabalhadores por Mário Ramires, ainda administrador da Newshold (que no mesmo acto anunciou o seu pedido de demissão), é que esta empresa deixa de ser accionista do Sol e do i, havendo o plano de, com outra empresa, se proceder a uma reunião dos dois títulos com uma redacção comum.

Este projecto implica um profundo reajustamento de recursos humanos e, na prática, o despedimento de mais de uma centena de trabalhadores, sendo a maioria jornalistas.

A nova redacção conjunta, com pouco mais de seis dezenas de jornalistas, assegurará a feitura dos dois jornais, havendo a indicação de que o Sol passará a sair ao sábado, extinguindo-se a edição do i ao fim de semana.

Os motivos apontados para estas medidas decorrem do agravamento da situação financeira da empresa, causada pela quebra de vendas e receitas de publicidade.

O Sol foi lançado em 2006, tendo como director José António Saraiva, que exercera estas funções no Expresso, sendo acompanhado por um grupo de jornalistas daquele  semanário. Em 2009 foi adquirido pela Newshold.

O diário i existia desde Maio do mesmo ano, como projecto financiado pelo Grupo Lena e dirigido por Martim Avilez Figueiredo.  Mais tarde, seria adquirido pela Sogapal e depois, em 2014, pela Newshold.

O Sindicato dos Jornalistas já lamentou o sucedido com os dois títulos e aconselha os seus associados a não assinarem, por enquanto, quaisquer documentos que lhes sejam apresentados, nomeadamente autorizações que dispensem a empresa de apresentar uma caução para os créditos devidos aos trabalhadores.

O Diário Económico, jornal propriedade da Ongoing, também atravessa dificuldades, decorrendo negociações para a sua possível venda.