Jornais que podem florir…
A primeira experiência, que já tem mais de um ano, usou um papel reciclado incluindo sementes de diversas plantas. Mesmo a tinta utilizada foi concebida a partir de material de origem vegetal, e funciona como adubo.
Segundo Le Figaro-Médias, que aqui citamos, essa primeira edição foi adquirida por 4,6 milhões de pessoas, o que representa cerca de 3,6% da população total do Japão.
"As escolas usaram esse jornal para dar aulas sobre ecologia. Com esta iniciativa, o único jornal japonês que já recebeu o Prémio Pulitzer procura, igualmente, incitar os seus leitores a voltarem-se para objectos biodegradáveis e encorajá-los a darem uma segunda vida às suas coisas."
E se esta solução é a mais conseguida, em termos de reciclagem, há outros exemplos a ter em conta. Na China, por exemplo, há lápis de papel, construídos a partir de jornais reciclados.
Le Figaro recorda ainda que, em França, há objectos de decoração feitos com papel desta origem e que, em 1953, o mesmo jornal foi precursor de um concurso de roupas para crianças feitas com as folhas do diário.
Mas reconhece que, "nessa altura, o objectivo era mais o de incitar os leitores a comprar o jornal do que de lhes dar consciência ecológica!"
A notícia em Le Figaro - Médias e outro vídeo sobre o processo de "cultivo" do jornal