A agência DigiMedios, a que pertence este estudo, cita também o Eurobarómetro especial realizado pela União Europeia algumas semanas antes das últimas eleições para o Parlamento Europeu, segundo o qual 70% dos cidadãos espanhóis declaravam ter recebido informação política por meio da televisão. 

A muito curta distância vêm os 67% que tinham consultado, nesse período de campanha, algum meio digital, e em terceiro lugar os que o tinham feito nas redes sociais e nos jornais e revistas, com 63% em cada uma destas áreas de consulta. 

Note-se que os utentes que frequentaram mais os media digitais e as redes sociais já superam os que utilizaram a televisão, o que sugere uma tendência nesse sentido. O texto que citamos considera surpreendente a menor importância da rádio para este efeito. 

“Os dados do Eurobarómetro poderiam indicar uma mudança de tendência na agenda de informação política dos espanhóis, como consequência do elevado grau de penetração da Internet. Tradicionalmente era reconhecido o papel preponderante da televisão.” 

Embora os mercados televisivos da Europa continuem dominados por empresas nacionais, portanto europeias, “as suas quotas de audiência estão a retroceder ligeiramente, verificando-se uma penetração constante dos grupos dos Estados Unidos, segundo um estudo do Observatório Audiovisual Europeu (EAO, na sigla em inglês)  - The Internationalisation of TV audiences in Europe”. 

“Outra característica dos mercados televisivos europeus é a sua elevada concentração, mais marcada em países com maiores mercados (Itália, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha). Outro dado que aponta na mesma direcção é que, em 2017, dois terços dos canais que operavam na Europa tinham quotas de audiência de 1% ou ainda mais baixas.”

 

Mais informação na APM  e na DigiMedios.