“É verdade que a opinião do público sobre os media tem estado a baixar nos últimos anos, mas Trump é o primeiro candidato presidencial na história recente a fomentar tão abertamente este cepticismo e a desacreditar a Imprensa.”

 

Segundo um artigo na edição norte-americana do Huffington Post, que aqui citamos, também The Wall Street Journal, outro diário de referência “conhecido pela sua reportagem agressiva  - e uma página editorial conservadora, mas que apesar disso ‘esfolou’ Trump ao longo da campanha -  revela um aumento semelhante de leitores e assinantes; no dia a seguir às eleições, o jornal recebeu um número de assinaturas três vezes superior ao que tem numa quarta-feira normal”.  

 

The Washington Post, responsável por alguma da mais influente cobertura de Trump, não indicou que tenha registado qualquer pico significativo nas assinaturas, especificamente depois da eleição. ‘Temos assistido a um aumento regular das assinaturas ao longo deste ano’  -  disse a sua porta-voz Kristine Coratti.” (...)  

 

Também as revistas sentiram este movimento de adesão. Numa sessão pública de cumprimentos ao novo editor da Atlantic, Jeffrey Goldberg, foi noticiado que as assinaturas no papel subiram 161% nos primeiros cinco dias desde a eleição.

 

E a revista de tendência liberal, The New Yorker, recebeu mais de dez mil novas assinaturas nos três dias posteriores à eleição de Donald Trump, batendo um recorde para qualquer período equivalente.

Afirma ainda o texto que citamos:

 

“Houve momentos em que parecia que ele estava em campanha contra os media, tanto como contra a sua opositora Democrata. Durante a campanha, Trump fez pouco dos jornalistas, apontou para eles nos seus comícios, encorajando a multidão a apupá-los, escarneceu das normas jornalísticas ao negar credenciais de Imprensa aos jornais adversários e admitiu a possibilidade de endurecer a legislação relativa a difamação, para tornar mais fácil o acto de processar jornalistas.” (...)

 

“Depois da eleição, os jornalistas têm estado a dirigir apelos ao público para que aumente o número de assinantes das suas publicações, e mesmo dos concorrentes, num esforço para apoiar o jornalismo de alta qualidade neste momento precário para a Imprensa.”

 

 

Mais informação no site do Huffington Post