Informação contaminada pela “comunicação lixeira”

A mesma preocupação anima Clara Jiménez Cruz, co-fundadora e dirigente do site de verificação de factos e jornalismo de dados Maldita.es. O seu texto adverte os meios de comunicação sobre a necessidade de terem em conta “o impacto da desinformação sobre a sociedade, de investirem na formação das suas redacções em verificação de factos, e de adoptarem procedimentos de rectificação transparentes e honestos, se querem contribuir para a limpeza do ecossistema informativo e para a credibilidade do jornalismo.”
Por seu lado, Marc Amorós García, autor do livro Fake news, la verdad de las notícias falsas, afirma que “o jornalismo é ao mesmo tempo vítima e culpado” da desinformação, o que gera “um cenário de desconfiança e ataque sistemático” contra os media e os jornalistas.
Insiste na importância das normas de verificação, lamentando que a qualidade da boa informação acabe por ser equiparada à desinformação.
Pablo Romero, redactor do jornal espanhol Público, chama a atenção para o papel desempenhado pelas grandes plataformas da Internet, acusadas como distribuidoras de mentiras, especialmente nas campanhas políticas dos EUA e do Brasil, e qua agora tentam “combater determinadas mensagens tóxicas, mal intencionadas ou expressamente falsas, sem caírem na censura de conteúdos”.
Entre outros temas incluídos nesta edição, Francisco Rouco explica como mesmo a Imprensa dos chamados millennials também é atacada pela crise e sofre com fecho de meios e despedimentos.
No site da Asociación de la Prensa de Madrid, com a qual mantemos um acordo de parceria.