Imprensa portuguesa recua na circulação em versão impressa
Os primeiros nove meses de 2021 foram penosos para os “media” tradicionais portugueses, uma vez que, durante este período, praticamente todas as publicações sofreram, na sua circulação impressa, recuos na ordem dos dois dígitos.
De acordo com o mais recente relatório da APCT, o semanário “Expresso” foi, por isso, o título com a quebra menos expressiva, ao recuar 2,6%, relativamente aos dados do período homólogo de 2020.
Além disso, na maioria dos casos, o crescimento do “online” não foi suficiente para colmatar as perdas em papel. Aliás, apenas o “Expresso” e o “Público” conseguiram receitas digitais suficientemente altas para alcançar uma evolução positiva da circulação paga.
No quadro geral, os números do relatório da APCT vêm confirmar que o mercado está ainda longe de recuperar dos danos infligidos pelo contexto pandémico.
O “Correio da Manhã”, o “Diário de Notícias”, o “Jornal de Notícias” e o “Público”, os quatro diários generalistas auditados, venderam, em média, e no seu conjunto, menos 14.142 exemplares por edição, o que representa uma queda na ordem dos 13,5%, relativamente à circulação impressa paga entre Janeiro e Setembro de 2020.
Quanto às “newsmagazines”, cuja liderança de circulação foi assumida pela “Visão”, as quebras rondam os 19,4%. Já no âmbito digital, o “Expresso” reforçou o estatuto de líder, ao alcançar um circulação “online” paga de 48.114 assinantes, o que representa uma subida de 17,5% relativamente ao período homólogo do ano anterior.
Dezembro 21
O "Público'', que permanece na segunda posição no digital, encerra os primeiros nove meses deste ano com uma circulação digital de 39.475, que compara com os 30.079 registados entre Janeiro e Setembro de 2020.
Além dos dois títulos que se destacam na circulação digital paga em Portugal, só o “Correio da Manhã” registou, também, uma evolução positiva.
Em sentido contrário, os dois títulos do Global Media Group somam às quebras no papel um recuo na circulação digital paga.
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