Imprensa nos EUA conquista subscritores na versão digital
O "Seattle Times" alcançou, recentemente, o patamar dos 81 mil subscritores digitais, tornando-se num dos principais jornais metropolitanos dos Estados Unidos.
Em entrevista para a “Press Gazette”, a directora de produto daquele jornal, Kati Erwert, explicou que este número foi conquistado graças à sustentabilidade a longo prazo.
“Considero que o desejo por um grande volume de subscrições pode prejudicar os jornais”, disse Erwert. “Estrategicamente, optamos por outro tipo de modelo, sensibilizando os leitores para o capital necessário para assegurar o nosso funcionamento”.
Além disso, considerou aquela responsável, as grandes campanhas de desconto podem atrair um volume significativo de leitores, mas a curto prazo. Ou seja, assim que o preço das subscrições voltar ao valor normal, é possível que muitos dos assinantes cancelem a sua fidelização.
Aliás, este foi o cenário verificado em diversos jornais digitais que, no início da pandemia conquistaram uma nova vaga de subscritores, e que, passado algum tempo, começaram a verificar o afastamento dos consumidores, o que se reflectiu na diminuição das suas receitas.
Perante este quadro, outras publicações jornalísticas, além do “Seattle Times”, passaram a focar-se na obtenção do financiamento necessário para as suas redacções, através da subida dos preços das assinaturas. (Ainda que isso possa significar um crescimento mais lento do número de subscritores).
É esse o caso da “Atlantic”, que deixou de trabalhar para o patamar de um milhão de subscritores até 2022.
Janeiro 22
“Podemos alcançar um milhão de assinantes muito facilmente. Basta diminuirmos os custos de fidelização”, disse Nicholas Thompson, editor-executivo daquela revista. “Mas o foco no número de subscritores pode prejudica-nos”.
Ainda assim, Kati Erwert, do “Seattle Times” considera que o modelo de receitas não foi o único elemento a contribuir para o sucesso do jornal.
Erwert destaca, neste sentido, o facto de o jornal ser controlado por uma pequena empresa independente, de continuar a focar-se no mercado de Washington, e de seguir, atentamente, os sucessos de outras publicações semelhantes.
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