O texto de abertura do seu primeiro número afirma: 

“Uma revista que se chama Renovação escusa de que se lhe exponham os objectivos. Visa necessariamente à finalidade que tem por moto. Renovar não tem duplo sentido, é só fazer  - de novo. Com os mesmos materiaes  - reconstruir.” 

“No existente sufoca-se. Sufocam todos, opressos ante os fantasmas dos que foram impotentes face à tirania do passado. Nas ideias reina um turvo formalismo, nutrido de intransigencia; nas artes, o árido culto dum passado doente. Só o definido é aceite em sciencia, como só se admite na moral o preconceito; nos constumes, o consagrado.” (...) 

“É preciso restaurar tudo em beleza. Desvendar novos horizontes ao pensamento. Trazer a arte à comunhão de todos. Não fazer das ideias privilègio duns tantos.” (...) 

Segundo a ficha histórica elaborada pela Hemeroteca, e assinada por Jorge Mengorrinha, é no período entre o final do séc. XIX e o início do seguinte “que se dá o apogeu do movimento sindical e a fundação do jornal A Batalha, que viria a ser o mais importante jornal operário da I República, bem como a divisão política e ideológica (1921-1922) entre bolchevistas e anarquistas”. (...) 

“A 23 de Dezembro de 1923, A Batalha trouxe a público um suplemento semanal, inicialmente intitulado A Batalha  - Suplemento Literário e Ilustrado e posteriormente, a partir do número catorze, A Batalha – Suplemento Semanal Ilustrado.” (...)

“Dois anos depois, a CGT – Confederação Geral do Trabalho alargaria o meio de difusão do seu ideal libertário através da publicação de uma nova revista quinzenal de arte, literatura e actualidades, de ‘novos horizontes sociais’, a Renovação, cuja existência fez emergir uma certa falta de unanimidade no seu seio, quer da cúpula da Confederação, quer da própria redacção de A Batalha.” 

A publicação desta revista foi suspensa depois do golpe militar de 28 de Maio de 1926. 


A colecção da revista Renovação, acessível na Hemeroteca Digital