Recorde-se que Cummings declarou “guerra” à BBC em 2004, quando recomendou medidas que transformassem aquele operador num canal equivalente à FOX News, onde os conteúdos não sejam condicionados. Na mesma altura, defendeu o fim da proibição das campanhas política na televisão, para que os políticos pudessem dirigir-se ao público durante os intervalos publicitários.

Cummings propôs, igualmente, o fim da presença dos ministros do governo no programa “Today” da BBC Radio 4, algo que foi implementado quando se tornou chefe de gabinete de Jonhson, no ano passado.

“É um erro um líder conservador aparecer no programa Today, a menos que vá anunciar uma nova proposta importante. É um programa que existe, apenas, para tentar estupidificar o partido”, considerou.

Dirigindo-se aos conservadores, Cummings sugeriu, também, que o partido  copiasse os republicanos americanos, de modo a "moldar a cultura activamente a seu favor” .

Os apelos de Cummings parecem estar a surtir efeito e os sinais de uma possível alteração no perfil de financiamento da BBC são cada vez mais evidentes. O secretário da Cultura, Nicky Morgan, sugeriu, mesmo, que se considerasse a possibilidade de mudar para um sistema de assinatura como o da Netflix, pondo, assim, termo a quase um século de difusão audiovisual baseada numa taxa.