A possibilidade do fecho da Sky News, agora apresentada como uma “ameaça” de Rupert Murdoch, em Le Figaro, já tinha sido mencionada pelo jornal britânico The Independent, que descreve a investigação em curso, por parte da entidade reguladora, a CMA - Competition Markets Authority, com o objectivo de “garantir a diversidade de pontos de vista que estão disponíveis e são consumidos, evitando que qualquer proprietário ou voz dos media tenha demasiada influência sobre a opinião pública e a agenda política”. 

“A Sky News é um canal internacional que emite 24 horas por dia, desde há 28 anos, com uma audiência que chega a mais de 107 milhões de lares em 138 países.” 

Segundo The New York Times, “Wall Street interpretou as recentes negociações com a Disney, reveladas há poucos dias, como um sinal de que os Murdochs teriam decidido colocar a 21st Century Fox no jogo. (...) Depois de a 21st Century Fox ter falhado a compra da Time Warner em 2014, alguns analistas tornaram-se cépticos a respeito de ter dimensão para competir com gigantes como a Comcast e a AT&T  - precisando, portanto, de fazer uma venda.” 

Mas Lachlan Murdoch, um dos dois filhos herdeiros principais do império de Rupert Murdoch, afirmou:

“Há muita conversa a respeito da crescente importância de ter dimensão, na indústria dos media. Mas vou ser muito claro. A Fox tem a dimensão necessária.” (...) 

Por sua vez, The Guardian interroga-se sobre se não estarão os próprios Murdochs em conflito sobre o futuro da empresa. Segundo as suas fontes, o pai e fundador do império mediático estaria “desiludido” com a estratégia de James, o filho mais novo, a respeito da Sky. 

“Era suposto que James e Lachlan tinham um papel semelhante na condução do grande império de media. James é o director executivo da 21st Century Fox e presidente da Sky, mas director não-executivo da News Corp, o ramo noticioso e editorial dos Murdochs, que detém o Times, Sun e Wall Street Journal; Lachlan é co-presidente da Fox and News Corp.” 

“Isto colocava à partida James como o dirigente do entretenimento e Lachlan do noticioso, o que fazia sentido, já que Lachlan começou a carreira nos jornais australianos enquanto James era um chefe executivo de sucesso na Sky.” 

“No entanto, a venda de grandes activos da Fox, incluindo os estúdios e a participação na Sky, viria alterar dramaticamente este equilíbrio, retirando as partes do negócio de que James parece gostar mais.” (...)

 

Mais informação em The Independent,  New York Times e  The Guardian