Grupo Springer aplica “taxa Google” ao seu próprio agregador

Os desenvolvimentos mais recentes deste debate remontam a Março de 2017, quando o Parlamento Europeu, tendo chamado a si a reforma dos direitos de autor, apresentou um projecto que deixava cair os “direitos conexos, afins ou vizinhos”, já propostos, conforme descrevemos noutro local deste site.
Agora, o grupo Axel Springer estabelece um precedente, obtendo um acordo com o Centro Español de Derechos Reprográficos (CEDRO) para que o seu agregador de notícias Upday seja a primeira plataforma a pagar direitos de autor por agregar conteúdos. Segundo o director-geral do CEDRO, Jorge Corrales, “esta empresa alemã converte-se no primeiro agregador de notícias em Espanha que paga direitos de propriedade intelectual no desenvolvimento do seu modelo de negócio”.
No entanto, segundo notícia de Media-tics, que aqui citamos, “a Xnet, plataforma formada por activistas que trabalham em defesa da democracia e neutralidade na Net, respondeu a esta iniciativa no seu site, afirmando que ‘não se trata realmente de um acordo entre grémios, mas simplesmente de uma operação de interesse circular, uma simulação que beneficia o mesmo grémio, engolindo o Canon AEDE, ou Taxa Google’. A Xnet recorda que Upday pertence ao grupo alemão Axel Springer, que seria beneficiário deste acordo, como editor de diversas publicações.” (...)
“O grande prejudicado por esta iniciativa seria o agregador Menéame que, segundo a Xnet, deveria pagar cerca de 2,5 milhões de euros por ano por agregar conteúdos, quando a sua facturação em 2015 mas chegava aos 125 mil euros.” (...)
Mais informação na notícia de Media-tics