A renúncia à participação em Le Monde seria, conforme o título usado por L’Express, o “fim de um casamento de interesse” que durou treze anos. O seu protagonista principal, Juan Luis Cebrian, deixou em Maio a presidência do El País e a direcção do grupo Prisa. Foi ele “o principal apoio de Le Monde a partir de 2005 e tinha mesmo tentado em vão, em 2010, aumentar a sua participação no diário francês, nessa altura em dificuldades”. 

Há uma questão pendente sobre o valor dos 20% em causa. A Prisa faz as contas entre 20 e 25 milhões de euros, “um preço que não convém ao duo Niel e Pigasse”. (...) 

Se não houver acordo neste ponto, outros interessados podiam ser chamados, como a rede social Facebook, que tem um dos seus representantes, Julien Codorniu, como administrador, a título pessoal, em Le Monde, desde 2012. 

Segundo L’Express, esta venda a um actor externo à Comunidade Europeia “estaria autorizada pela lei de 1986, sobre o regime jurídico da Imprensa”, desde que limitando-se a 20% dos direitos de voto ou do capital “de uma empresa editando uma publicação de língua francesa”. 

Ainda conforme o texto que citamos, estas duas entidades “já trabalharam juntas”, nomeadamente na luta conjunta contra a proliferação de “falsas informações”. 

“Mas nunca o Facebook teve participação em media tradicionais, e tal movimento podia suscitar interrogações políticas e mediáticas”.

 

Mais informação em L’Express  e Le Figaro