A notícia, que vinha sendo divulgada aos poucos por outros media, nomeadamente o Expresso, é agora confirmada em declarações explícitas de Paulo Rego ao Jornal Económico, que descreve o início do processo num contacto pessoal que teve com Kevin Ho, o líder do grupo KNJ, a quem explicou o seu conceito de Macau como plataforma para o “investimento estratégico em Portugal”:

 

“Um dia surgiu a oportunidade de lhe colocar a questão da Global Media. Diria que a ideia de investir na Global Media é um raciocínio natural que decorre do crescimento do Plataforma Macau. É claro que a evolução recente da Global Media, mas também a relação profissional e pessoal com muita gente no grupo, foram fundamentais para esta aproximação.”

Sobre o enquadramento geral deste investimento, afirma Paulo Rego;

“Apesar do pessimismo que, por vezes, toma conta do seu próprio povo, Portugal é um país com inúmeras vantagens competitivas e, nomeadamente em Macau, é visto como um destino natural para o investimento. Neste caso, o investimento tem origem em Macau, e não na China em abstracto. São coisas muito diferentes, e o facto de este ser o primeiro investimento estratégico em Portugal com origem em Macau tem, para nós, um significado muito particular.”

 

A uma última pergunta, sobre o trabalho feito pela actual administração da Global Media, Paulo Rego responde que “Proença de Carvalho e Vitor Ribeiro são as faces mais visíveis de um trabalho que naturalmente envolveu muita gente” (…); “o que verdadeiramente nos une a todos é a consciência de que há uma profunda reconversão a fazer para que se cumpram os objectivos que estamos nesta altura a negociar”.

 

 

O artigo e a entrevista, no Jornal Económico