Segundo o comunicado, enviado à agência Lusa, “o grupo Impresa aceitou, a 6 de Novembro, negociar com Luís Delgado, com carácter de exclusividade, a alienação das suas publicações Activa, Caras, Caras Decoração, Courrier Internacional, Exame, Exame Informática, Jornal de Letras, Telenovelas, TvMais, Visão, Visão História e Visão Júnior”. (...) 

Ainda nos termos do mesmo comunicado, “a Impresa sublinha o entendimento que alcançou com Luís Delgado para que a futura transição se realize de forma natural, para os trabalhadores, para os leitores e para os anunciantes”. Vão transitar para o novo grupo os trabalhadores da Impresa Publishing afectos às marcas a ceder, incluindo jornalistas, gráficos, comerciais, bem como outros que pertencem à estrutura da organização, estando “esse processo em curso”. 

Mas a Impresa esclarece que “esse número pode não compreender a totalidade das pessoas que trabalham na área das revistas do grupo, nomeadamente os que estão ligados à estrutura, o que poderá levará a Impresa Publishing a dar início a um processo de reestruturação”. (...) 

A segunda parte do comunicado detém-se na descrição das receitas e evolução operacional do grupo nos primeiros nove meses do ano, afirmando que esta evolução, “bem como as medidas de reestruturação implementadas durante os últimos trimestres, e inseridas num contexto macroeconómico mais favorável, permitem antever o cumprimento dos objectivos propostos para este ano, e o reforço da rentabilidade do grupo e, deste modo, sustentar o cumprimento dos objectivos do Plano Estratégico”.  

O texto da notícia conclui: 

"Os prejuízos da Impresa nos primeiros nove meses do ano atingiram os 165 mil euros, uma melhoria face aos 585 mil euros negativos registados em igual período do ano passado. A Impresa referiu ainda que o resultado líquido no terceiro trimestre foi negativo em 250 mil euros, o que compara com 1,8 milhões de euros de prejuízos registados no período homólogo de 2016."


Entretanto, o Sindicato dos Jornalistas "contestou, através de carta endereçada a Francisco Pinto Balsemão, presidente do Grupo Impresa, e a Francisco Pedro Balsemão, presidente da Comissão Executiva, a intenção de despedimento que foi transmitida a uma dezena de fotojornalistas do referido Grupo".


"Salientando que o Núcleo de Fotografia não é uma entidade autónoma e que os seus trabalhadores têm contratos assinados com a Impresa Publishing, o SJ recorda que, nas reuniões que este Sindicato manteve com a Administração do grupo a que presidem, foi manifesto o compromisso de que evitariam despedimentos e que tudo fariam para que os postos de trabalho envolvidos na transmissão de estabelecimento fossem mantidos."


"Nesse sentido, o SJ manifesta forte oposição a esta repentina decisão - transmitida pelo responsável pelo Núcleo de Fotografia, Henrique Monteiro, de uma forma inqualificável e fazendo tábua rasa dos formalismos legais e morais." (...)


"O SJ pede ainda esclarecimentos urgentes sobre este lamentável processo e ainda sobre as rescisões propostas aos jornalistas do Expresso."



Mais informação no Jornal de Negócios e no Observador, bem como em n-tv.pt e no Sindicato dos Jornalistas